Os homens não tiram prazer algum da companhia uns
dos outros (e sim, pelo contrário, um enorme desprazer),
quando não existe um poder capaz de manter a todos em
respeito. [...]
Portanto tudo aquilo que é válido para um tempo de
guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, o
mesmo é válido também para o tempo durante o qual os
homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode
ser oferecida por sua própria força e sua própria invenção.
[...]
Portanto não é de admirar que seja necessária alguma
coisa mais, além de um pacto, para tornar constante e
duradouro seu acordo: ou seja, um poder comum que os
mantenha em respeito, e que dirija suas ações no sentido
do benefício comum.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1983.)
Thomas Hobbes (1588-1679) defende, no texto,
a) a instituição de um poder político soberano, capaz de
conter os homens e permitir a vida em sociedade.
b) a submissão plena a um poder religioso, que impeça
os homens de lutarem uns contra os outros.
c) a constituição de um pacto social, necessário para que
os homens retornem à liberdade do estado de natureza.
d) a guerra social, fundamental para que se eliminem as
diferenças entre as classes e se construa uma sociedade
igualitária.
e) a implantação de uma ditadura, que elimine as disputas
político-partidárias e suprima a democracia.
Resposta: A
Thomas Hobbes, um dos mais importantes filósofos do
absolutismo, justifica esse regime político como
originário de um contrato entre os homens primitivos,
os quais transferiram seus direitos individuais para o
Estado, em troca de proteção para si, suas famílias e
seus bens.