Exercícios sobre o Brasil Colônia - com gabarito

01. (UEL-PR) A colonização no Brasil pela coroa portuguesa teve sua origem no sistema de Capitanias Hereditárias que definiu a propriedade e a posse das terras. No início do século XIX, com a vinda de imigrantes europeus para o Brasil, estabeleceu-se a Lei de Terras de 1850, com o intuito de normatizar a propriedade e o seu uso. Sobre o domínio de terras no Brasil, no contexto das Capitanias Hereditárias e da Lei de 1850, assinale a alternativa correta. 

a) Os donatários eram impedidos pela Coroa Portuguesa de vender suas terras. A Lei de Terras definiu que as terras públicas poderiam tornar-se propriedade privada somente pela compra. 
b) Os donatários se isentavam da defesa de suas terras, convocando o poder real para fazê-la. Com a vinda dos imigrantes, a Lei de Terras possibilitou a apropriação aos desprovidos de recursos. 
c) Os recursos empregados pelos donatários viabilizaram o pleno sucesso do modelo das capitanias. Com a Lei de Terras, expandiu-se o domínio do setor industrial pelo monopólio do poder econômico. 
d) O sistema de capitanias vigorou até o século XIX quando aconteceram as insurreições do Maranhão e da Bahia. A Lei de Terras impediu que a mão de obra livre pudesse se locomover para as atividades industriais. 
e) A Coroa tinha o direito de confiscar todos os metais preciosos extraídos das capitanias. A Lei de Terras facilitou a ocupação ilegal e o arrendamento das terras consideradas devolutas.

02. (UFRN) A implantação do sistema colonial transformou as relações amistosas existentes entre indígenas e portugueses no início da ocupação do Brasil.

Essa transformação se deveu à

a) grande inabilidade dos indígenas para a agricultura, recusando-se a trabalhar nas novas plantações açucareiras, atitude que desagradou aos portugueses.
b) crescente ocupação das terras pelos portugueses e à necessidade de mão-de-obra, levando à escravização dos índios, que reagiram aos colonos.
c) importação de negros africanos, cuja mão-de-obra acabou competindo com a dos indígenas, excluindo estes do mercado de trabalho agrário.
d) introdução de técnicas e instrumentos agrícolas europeus nas aldeias indígenas, desestruturando a economia comunal dos grupos nativos.

03. (UFRRJ) "É constatado que o tabaco é tão necessário para o resgate dos negros quanto os mesmos negros são precisos para a conservação da América Portuguesa. Nas mesmas circunstâncias se acham as outras nações que têm colônias, nenhuma delas se pode sustentar sem escravatura (...)"
Instruções ao Marques de Valença, governador da Bahia, em 10/9/1779, citado por VERGER,Pierre. Fluxo e Refluxo. São Paulo, Corrupio, 1987.

A mão-de-obra de origem africana tinha papel fundamental na sustentação da economia colonial na América Tropical. No caso brasileiro, a principal atividade econômica sustentada pelo trabalho escravo, na época em que foram dadas as instruções acima, era

a) a extração das drogas do sertão que garantiam altos lucros aos fabricantes europeus de medicamentos.
b) a criação de gado bovino que sustentava, com a carne e o couro, outras atividades produtivas na Colônia.
c) a produção açucareira, base da economia colonial nos séculos XVI e XVII.
d) a extração mineral, apesar da diminuição da produção aurífera naquele período do século XVIII. 
e) a produção de fumo que servia tanto ao consumo europeu quanto à troca por mais africanos, conforme o próprio texto citado.

04. (UERJ) O Estado português reproduziu no Brasil duas feições metropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as forças sociais dos poderes locais e as forças de centralização do absolutismo.

As instituições que exerciam a administração local e central no Brasil colônia eram, respectivamente:

a) vice-reinado e capitania hereditária
b) câmara municipal e governo geral
c) capitania geral e província
d) cabildo e capitania real

05. (PUC-PR) Em relação à mão-de-obra escrava no Brasil Colônia, é correto afirmar:

a) A escravidão negra no século XVI foi predominante em São Paulo e no Paraná, onde a mão-de-obra escrava era utilizada no cultivo e produção do café.
b) No Brasil a colonização portuguesa, ao contrário da colonização espanhola, não recorreu à escravidão indígena.
c) Existiu tanto escravidão indígena quanto dos negros. A escravidão negra foi organizada em moldes empresariais e seu comércio garantia lucros para a metrópole.
d) A escravidão indígena foi substituída pela escravidão negra porque os indígenas não se adaptaram ao trabalho sistematizado no engenho de açúcar e no cultivo do café.
e) A escravidão negra foi restrita ao Nordeste no século XVI e às áreas de cultivo do café no século XIX.

06. (PUC-MG) São argumentos contra a permanência da escravidão que já estavam contidos no pensamento anti-escravista desde a primeira metade do século XIX no Brasil, EXCETO:

a) aviltamento do trabalho escravo, levando à desordem social.
b) incompatibilidade da escravidão com a moral cristã.
c) desagregação da sociedade, devido à perversão dos costumes.
d) caráter anti-econômico do escravismo.
e) preocupação com a integração do negro na sociedade.

07. (UFPE) No Brasil, a Companhia de Jesus participou desde o século XVI da colonização. 

Sobre a participação dos jesuítas, neste período, é correto afirmar que:

a) Os jesuítas substituíram os capitães donatários depois da expulsão dos holandeses;
b) A Igreja e a Realeza portuguesa eram inimigas no século XVI, portanto a Realeza obliterou a ação dos jesuítas;
c) Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho missionário com os índios e a educação com a fundação dos colégios;
d) Os jesuítas não encontraram espaço para atuação na América portuguesa. Por esta razão se radicaram na América espanhola;
e) As atividades jesuíticas foram incrementadas após as reformas pombalinas.

08. (PUC-MG) Na estrutura administrativa no Brasil colonial, as câmaras desempenharam importantes funções, tais como, EXCETO:

a) conservação das ruas, limpezas da cidade e arborização.
b) doação de sesmarias, comando militar e formação de milícias.
c) construção de obras públicas: estradas, pontes, calçadas e edifícios.
d) regulamentação dos ofícios, do comércio, das feiras e mercados.
e) abastecimento de gêneros e cultura da terra.

09. (PUC-MG) A família patriarcal foi o modelo de organização social do Brasil colônia. Sobre ela, é correto afirmar, EXCETO:

a) A esposa deveria acatar as ordens do marido, administrar a casa e educar cristãmente os filhos.
b) O senhor poderia se servir sexualmente das escravas, consideradas "território do prazer".
c) O primogênito dividia o poder com o pai, pois aos homens cabiam as posições de mando.
d) As filhas eram educadas para reproduzir o papel da mãe como esposas servis e submissas.
e) A autoridade suprema era a do pai, a quem todos deviam respeito, obediência e subordinação.

10. (PUC-MG) O TEXTO A SEGUIR FOI ESCRITO NO ANO DE 1576 PELO CRONISTA PORTUGUÊS PERO GANDAVO, QUE RESIDIU NO BRASIL COLONIAL. LEIA-O COM ATENÇÃO.

"Havia muitos destes índios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio deles quando começaram os portugueses a povoar a terra; mas porque os mesmos índios se levantaram contra eles e faziam-lhes muitas traições, os governadores e capitães da terra destruíram-nos pouco a pouco e mataram muitos deles, outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das capitanias. Junto deles ficaram alguns índios destes nas aldeias que são de paz, e amigos dos portugueses.
A língua deste gentio toda pela costa é, uma: carece de três letras ¾ não se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem justiça e desordenadamente.
Estes índios andam nus sem cobertura alguma, assim machos como fêmeas; não cobrem parte nenhuma de seu corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhes deu. (...). Não há como digo entre eles nenhum Rei, nem justiça, somente cada aldeia tem um principal que é como capitão, ao qual obedecem por vontade e não por força; (...) [e que] não castiga seus erros nem manda sobre eles cousa contra sua vontade".
(GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratados da Terra do Brasil. História da província Sta Cruz. Belo Horizonte / São Paulo: Itatiaia/Edusp., 1980, p. 52-54)

Todas as afirmativas abaixo têm relação com o texto de Gandavo, EXCETO:

a) No início da colonização, os portugueses encontraram diversas tribos indígenas que habitavam o litoral.
b) A resistência do índio legitimou as "guerras justas", levando a sua captura e morte.
c) A aculturação do indígena foi feita pela catequese, tarefa exercida especialmente pelos jesuítas.
d) Na estrutura social indígena, o chefe exercia a autoridade e não poder de mando sobre a comunidade.
e) Dentre as formas de rebeldia do gentio, destacaram-se as fugas e o ataque às vilas coloniais.

11. (UFRN) No Brasil colonial, a ocupação holandesa da costa nordeste está inserida num contexto de disputa mercantilista entre as potências européias.

Nesse sentido, é correto afirmar que o Rio Grande do Norte,

a) mesmo sendo um pequeno produtor açucareiro, contribuiria com uma grande produção algodoeira, importante para as trocas mercantis.
b) apesar de sua produção açucareira pouco expressiva, foi tomado pelos holandeses para assegurar o controle estratégico da nova colônia.
c) por ter grandes rebanhos de gado, atraiu a cobiça de franceses e holandeses que disputavam o controle da pecuária bovina para o mercado europeu.
d) por sua posição geográfica privilegiada, interessava muito aos holandeses, pois facilitaria o apoio a seus navios no caminho para as Antilhas.

12. (UFRN) Sobre as Capitanias Hereditárias, sistema administrativo adotado no Brasil por iniciativa de D. João III, é correto afirmar:

a) O sistema já fora experimentado, com êxito, pelos portugueses em suas possessões nas ilhas atlânticas e marcou o início efetivo da colonização lusa no Brasil.
b) Os donatários tornavam-se proprietários das capitanias através da Carta de Doação, a qual lhes dava o direito de vendê-las, de acordo com seus interesses.
c) A maioria dos donatários era representante da grande nobreza de Portugal e demonstrava forte interesse pelo sistema de capitanias.
d) O fracasso do sistema é associado às lutas ocorridas na disputa pelas terras e aos conflitos com estrangeiros que freqüentavam as costas brasileiras.

13. (UFPE) Com relação ao predomínio do imperialismo inglês, definitivamente consolidado no Brasil pela assinatura de três tratados com a Grã-Bretanha em 1810, é INCORRETO afirmar que:

a) o ministério formado por D. João, ao chegar ao Brasil, era composto integralmente por partidários da aliança com a Inglaterra, entre eles o Conde de Linhares, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, que ocupou a pasta da Guerra e Estrangeiros.
b) os tratados de 1810 vieram ratificar e ampliar as vantagens da Inglaterra no Brasil.
c) nos acordos de 1810, manifestou-se, pela primeira vez, o interesse britânico na abolição do tráfico negreiro para o Brasil.
d) nos tratados de 1810, há um indiscutível caráter de reciprocidade, dando-se todas as vantagens a Portugal no comércio com a Inglaterra.
e) o texto dos chamados "Tratados de Strangford" garantia a livre presença da marinha de guerra inglesa em portos brasileiros.

14. (UFPE) Durante o governo pombalino ( 1750 – 1777), várias mudanças foram introduzidas em Portugal e, por conseqüência, no Brasil. Assinale a alternativa que informa corretamente algumas dessas transformações ocorridas no Brasil.

a) O Marquês de Pombal extinguiu o regime de capitanias, substituindo-as pelas donatarias administradas por particulares, sob o beneplácito régio.
b) O governo pombalino ampliou o Estado do Pará, que passou a englobar o Estado do Maranhão, constituindo-se no Estado do Grão-Pará e Maranhão.
c) O Estado do Brasil, que havia sido elevado à categoria de vice-reino, teve sua capital transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, numa estratégia de controlar o escoamento da produção açucareira do Nordeste.
d) O comércio na colônia se organiza através da criação, pelo Marquês de Pombal, de duas companhias monopolistas: A primeira, a Companhia Geral do Comércio do Estado do Grão-Pará e Maranhão, e a segunda, a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba.
e) Em 1757, foram publicadas leis referentes aos indígenas do Pará e Maranhão, mais tarde estendidas para toda a colônia. Essas leis implantavam a administração temporal dos padres nas missões.

15. (UFPB) No período de 1630 a 1654, a Companhia das Índias Ocidentais se apoderou de uma grande parcela do Nordeste brasileiro, período que ficou marcado pela figura do conde Maurício de Nassau. Constitui uma das características do governo de Nassau:

a) A vinda de vários cientistas e artistas, como Jorge Marcgrave, Willem Piso e Franz Post, que estudaram e representaram a natureza e a cultura do Brasil.
b) O início de um programa bem sucedido de miscigenação com índios e negros no Brasil, razão da grande presença de pessoas louras e de olhos azuis no Nordeste.
c) A política religiosa extremamente rígida, com a instalação de colégios para o ensino da religião protestante às crianças brasileiras e a proibição aos cultos realizados pelos judeus.
d) A busca de ouro e prata, realizada através de várias expedições dirigidas ao interior, principal interesse da Companhia no Brasil.
e) A execução de uma série de obras urbanas em Olinda, inclusive a construção de novas igrejas e conventos, tornando-a uma das cidades mais importantes de sua época.

16. (PUC-RJ) Nas últimas décadas do século XVIII, ocorreram diversas manifestações de descontentamento em relação ao sistema colonial português na América. Essas manifestações geraram movimentos sediciosos, que chamamos de "Conjurações" ou "Inconfidências", todos abortados pela repressão metropolitana. Sobre eles, NÃO é correto afirmar:

a) A Conjuração Mineira, em 1789, foi a primeira a manifestar a intenção de ruptura com os laços coloniais, e reuniu diversos membros da elite mineradora.
b) A Conjuração Baiana, em 1798, também conhecida como "Revolta dos Alfaiates", congregou entre as lideranças dos revoltosos, mulatos e negros livres ligados às profissões urbanas, principalmente artesãos e soldados.
c) A Conjuração do Rio de Janeiro, em 1794, foi proveniente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, cujos membros, ao se reunirem para debater temas literários, filosóficos e científicos, defendiam concepções libertárias iluministas.
d) As conjurações foram influenciadas pelas experiências européia e norte-americana, que se difundiram nas regiões coloniais por meio de livros importados, de pasquins elaborados localmente e de discussões nas casas e ruas de Ouro Preto, Salvador ou Rio de Janeiro.
e) A influência externa se fez de modo distinto: enquanto a Conjuração Mineira tomou como exemplo o período do "Terror robespierrista" da Revolução Francesa, a Conjuração Baiana teve como paradigma os ideais expressos na Independência norte-americana.

17. (PUC-RS) Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre o período colonial brasileiro.

I. A sociedade açucareira pode ser vista como um exemplo típico do modo de produção colonial, sendo regulada pelas rígidas regras do "Pacto Colonial" e baseada no sistema de "plantation".
II. A sociedade mineradora representou o rompimento definitivo do "Pacto Colonial", pela crescente autonomia que o ouro proporcionava à Colônia, devido ao acúmulo de riquezas e aos investimentos no setor manufatureiro.
III. A produção de açúcar, durante o século XVIII, teve um crescimento significativo, devido à expulsão dos holandeses de Pernambuco e à descoberta do ouro, o que propiciou melhores condições e maiores recursos para investir na lavoura canavieira.
IV. A descoberta de ouro no Brasil colonial só foi possível em conseqüência da interiorização da colonização portuguesa, a partir dos movimentos bandeirantes, o que gerou importantes mudanças na sociedade colonial brasileira ao longo do século XVIII.
V. Mesmo após a descoberta do ouro, em fins do século XVII, a estrutura sócio-econômica do Brasil colonial manteve-se atrelada ao setor primário-exportador, sendo ainda a cana-de-açúcar um importante produto de exploração metropolitana.

A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa

a) I, II e III
b) I, IV e V
c) II, III e IV
d) II, IV e V
e) III, IV e V

18. (PUC-MG) A partir de finais do século XVII, a atividade mineradora, desenvolvida em Minas Gerais, provocou transformações políticas e no conjunto da economia colonial no século XVIII. São exemplos dessas transformações, EXCETO:

a) alargamento da faixa de ocupação do território brasileiro.
b) transferência da sede administrativa de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.
c) concentração de mão-de-obra escrava em função da demanda dos centros mineradores.
d) estímulo ao surgimento do bandeirantismo, favorecendo o processo de interiorização.
e) incremento do comércio e ampliação do mercado interno.

19. (PUC-RS) Pode-se afirmar que, nos primeiros trinta anos após o descobrimento do Brasil, ocorreu uma relativa negligência de Portugal com relação às terras brasileiras, que pode ser atribuída a vários fatores, exceto

a) a inexistência, na Colônia recém-descoberta, de uma estrutura produtiva já instalada, capaz de viabilizar sua exploração econômica segundo os padrões da política mercantilista.
b) a importância do comércio com o Oriente, que continuava a ser o principal objetivo da atividade mercantil de Portugal e atraía a ambição da burguesia lusa.
c) o acirramento das disputas entre as nações européias que se formavam em busca de novos mercados, resultando em incursões sistemáticas à América.
d) a constatação de que qualquer tentativa de aproveitamento produtivo do vasto território brasileiro implicaria gastos para a metrópole portuguesa.
e) a escassez de recursos humanos e materiais que permitissem a Portugal explorar ao mesmo tempo as Índias Orientais e o Brasil.

20. (UFMG) Assinale a alternativa que apresenta uma transformação decorrente da vinda da família real para o Brasil.

a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado pela dificuldade de intercâmbio com a França, país que era então berço da cultura iluminista ocidental.
b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao aumento significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos.
c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos urbanos da região centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela população.
d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio, decorrente da aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comércio.

21. (UFPB) No século XVII, a crise na empresa açucareira nordestina foi motivada pelo(a)

a) crescimento da produção antilhana, concorrência inglesa, expulsão dos holandeses.
b) desenvolvimento da pecuária, concorrência antilhana, queda do preço do açúcar nos mercados internacionais.
c) crescimento da produção antilhana, concorrência inglesa, fim do monopólio português.
d) descoberta do ouro nas Gerais, concorrência antilhana, desenvolvimento da pecuária.
e) queda do preço do açúcar nos mercados internacionais, concorrência antilhana, fim do monopólio português.

22. (UFPB) A escravidão, inicialmente dos índios e posteriormente dos negros africanos, foi um fator decisivo para a implantação da grande lavoura canavieira no Brasil. Por isso, em plena Idade Moderna, de acordo com a mentalidade colonialista, justificava-se a escravidão com o(s) seguinte(s) argumento(s):

I.Os índios eram criaturas bestiais, antropófagas, supersticiosas e desprovidas de razão e da fé cristã, portanto, sujeitos ao domínio civilizatório da Europa.
II.A escravidão era imprescindível à formação do Brasil, pois os escravos eram os "pés" e as "mãos" dos senhores de engenho.
III.Os africanos, descendentes de Caim e amaldiçoados por Deus, deveriam sofrer no Brasil, purgando seus pecados, como forma de alcançar a salvação.
IV.O comércio de escravos e a propagação do cristianismo retiravam os africanos do estado de barbárie em que viviam, evitando que os mais fortes destruíssem os mais fracos em guerras tribais.

Dentre as afirmativas apresentadas, são verdadeiras:

a) apenas I, II, IV
b) apenas II, III, IV
c) apenas I, II, III
d) I, II, III e IV
e) apenas I, III, IV

23. (UFMG) Sobre a economia do período colonial, é correto afirmar que:

a) a economia aurífera se caracterizou pela imobilidade social, bipolarizada entre o senhor e o escravo.
b) a pecuária se baseou na criação intensiva, assentada no latifúndio exportador e no trabalho escravo.
c) a produção colonial foi orientada para a exportação de gêneros para o mercado externo.
d) a produção açucareira fixou a população no litoral e criou uma expressiva camada média.

24. (UFSCAR) A crise da economia mineira e a nova conjuntura internacional, na segunda metade do século XVIII, refletiram no Brasil, contribuindo para

a) o retorno da monocultura da cana-de-açúcar, aproveitando-se da capacidade ociosa dos engenhos nordestinos.
b) o desenvolvimento de manufaturas de tecido de algodão, estimulado pela política reformista do Marquês de Pombal.
c) a diversificação econômica, entrando na pauta de exportação da colônia produtos como algodão, tabaco, cacau, couro.
d) a emergência da monocultura do café, produto de fácil cultivo e de aceitação crescente nos mercados exteriores.
e) o aparecimento de centros econômicos na região amazônica, devido à exportação da borracha para as nações industrializadas.

25. (UFES) No período do Brasil Colônia, existiam mecanismos de acesso à terra, como as sesmarias, que eram:

a) autorizações de Portugal para importação de escravos negros como condição para que os filhos de donatários tivessem direito ao recebimento de terras.
b) lotes de terra doados pelos donatários ao colono para que fossem explorados.
c) impostos correspondentes ao uso da terra, cujo pagamento possibilitaria posterior aluguel.
d) parcelas de recursos que a Coroa enviava aos donatários para financiar a distribuição das terras e que deveriam ser pagas a longo prazo.
e) títulos de terra ocupada mediante mecanismo de compra, conforme a Lei de Terras.

26. (UFRN) No período da União das Coroas Ibéricas (dominação espanhola), ocorreram algumas transformações político-administrativas em Portugal e no Brasil. Em relação ao Brasil, a mais significativa delas foi a criação do Estado do Maranhão (1621), separado do Estado do Brasil.
O objetivo fundamental dessa divisão foi:

a) Acabar com os conflitos em áreas disputadas por espanhóis e portugueses.
b) Melhorar os contatos da Metrópole com a região norte da Colônia, defendendo-a dos ataques de franceses, ingleses e holandeses.
c) Reduzir os impostos que recaíam sobre as populações do norte e nordeste.
d) Transferir a capital do Estado do Brasil para o Rio de Janeiro, impedindo a ação de contrabandistas de ouro naquela região.

27. (PUC-RJ) "Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como conseqüência do que hoje se chama, num eufemismo envergonhado, `o encontro' de sociedades do Antigo e do Novo Mundo."
(Manuela Carneiro da Cunha (org). História dos índios no Brasil. 2ª ed. São Paulo, Cia das Letras, 1998. p. 12)

A chegada dos europeus no que veio a ser por eles denominado de América, ocasionou o encontro entre sociedades que se desconheciam. No caso dos que estavam a serviço da Coroa de Portugal, o encontro formalizou contatos, confrontos, alianças com tribos nativas litorâneas, grande parte de origem tupi. Acerca desse encontro entre portugueses e tupis nas terras que vieram a ser chamadas de Brasil, é correto afirmar que:

a) entre 1500 e 1530, os contatos foram pacíficos e amistosos, facilitando o estabelecimento das práticas de escambo do pau-brasil e o surgimento dos primeiros aldeamentos organizados por jesuítas.
b) a partir de 1555, a tentativa de huguenotes franceses de criar uma colônia - a França Antártica -, na baía de Guanabara, acabou por favorecer alianças militares de portugueses com as tribos locais, tamoios e tupinambás, suspendendo a escravização dos indígenas.
c) as intenções de colonizadores portugueses - "expandir a fé e o Império" - bem como suas práticas colonizadoras - doação de sesmarias, estímulos ao cultivo da cana, catequese dos nativos -, transformaram o encontro em um desastre demográfico para as tribos tupis do litoral.
d) os rituais antropofágicos praticados pelos tupis, ao lado das rivalidades constantes entre as tribos, foram fatores que contribuíram para a predominância de choques militares com os portugueses, tornando inevitáveis, por sua vez, a ocorrência de guerras justas.
e) o desconhecimento por parte dos nativos de qualquer tipo de agricultura foi o principal obstáculo para a utilização de sua mão-de-obra no estabelecimento da lavoura canavieira; isso somado à resistência à catequese ocasionou confrontos constantes entre portugueses e tupis.

28. (FMU) "Apesar de ter sido uma atividade subsidiária daquela que se desenvolvia com vistas à exportação, foi responsável pelo desbravamento de extensas parcelas do nordeste colonial brasileiro".
O texto refere-se à

a) extração do pau-brasil
b) exploração das drogas do sertão
c) exploração aurífera
d) prática da pecuária
e) agricultura canavieira

29. (UFF) "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda."
(Antonil, Cultura e Opulência do Brasil, 1711, Livro I, Capítulo, IX).

Assinale a opção que, baseada na citação do jesuíta Antonil, justifica corretamente os fundamentos da sociedade colonial.

a) A sociedade colonial se resumia ao mundo da casa-grande e da senzala, espaços fundamentais de um mundo rural mediado pelos engenhos açucareiros.
b) O ideal de sociedade colonial, segundo os inacianos, era o de uma sociedade de missões, o que explica a crítica do jesuíta Antonil à escravidão.
c) A estrutura social do Brasil Colônia era fundamentalmente escravista, uma vez que os setores essenciais da economia colonial, a exemplo da agro-manufatura do açúcar, dependiam do trabalho escravo, sobretudo dos africanos.
d) A sociedade escravista erigida na Colônia sempre foi condenada pelos jesuítas que, a exemplo de Antonil, desejavam ardorosamente que índios e africanos se dedicassem ao mundo de Deus.
e) A sociedade colonial possuía duas classes, senhores e escravos, pólos antagônicos do latifúndio ou da "fazenda" mencionada por Antonil.

30. (FESP) As análises históricas sobre a colonização portuguesa tendem a ressaltar mais os aspectos econômicos, sendo poucas as menções à vida cultural existente na colônia nos seus primeiros séculos de existência. Podemos afirmar que:

a) as análises estão corretas, pois a vida cultural na colônia não existia;
b) foi marcante a presença dos padres jesuítas com seu trabalho de catequese junto aos índios;
c) os povos da terra não resistiram culturalmente ao assédio português, assédio este baseado apenas na violência física;
d) os portugueses tiveram êxito no convencimento dos povos dominados, conseguindo apagar definitivamente os vestígios culturais indígenas e africanos;
e) as análises enfatizavam a economia, porque os portugueses não demostraram interesse em fazer prevalecer suas manifestações culturais.





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