O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a condição particular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui.
(KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.47. Coleção Os Pensadores.)
Com base nos conhecimentos sobre a concepção kantiana de tempo, assinale a alternativa correta.
a) O tempo é uma condição a priori de todos os fenômenos em geral.
b) O tempo é uma representação relativa subjacente às intuições.
c) O tempo é um conceito discursivo, ou seja, um conceito universal.
d) O tempo é um conceito empírico que pode ser abstraído de qualquer experiência.
e) O tempo, concebido a partir da soma dos instantes, é infinito.
a) Correta. O tempo, tal qual o espaço, é condição a priori de toda a experiência.
b) Incorreta. O tempo é uma representação necessária subjacente às intuições, razão pela qual o tempo não pode ser suprimido.
c) Incorreta. O tempo não é um conceito discursivo e sim uma forma pura da intuição sensível.
d) Incorreta. O tempo não é empírico, pois é suposto como condição de possibilidade da própria experiência.
e) Incorreta. A infinitude do tempo não resulta da soma dos instantes; supõe, antes, uma unidade prévia subjacente.