Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical
tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação
entre o capital e o trabalho. Não se adstringiu a um sindi -
calismo puramente “operário”, que conduzira certamente
a luta contra o “patrão”, como aconteceu entre outros
povos.
(Waldemar Falcão. “Cartas sindicais”.
Apud Alcir Lenharo. Sacralização da política, 1986.)
O texto publicado pelo Ministério do Trabalho em 1941,
durante o governo de Getúlio Vargas, representa o esforço
governamental de
a) valorizar as reivindicações operárias e a autonomia
sindical.
b) defender o pacto celebrado entre as oligarquias regionais e os sindicatos.
c) negar os conflitos sociais e enfatizar o papel arbitral do
Estado.
d) estimular as lutas dos trabalhadores e endossar a
retórica socialista.
e) rejeitar as disputas político-partidárias e defender a
unidade nacional.
Resposta: C
O texto evidencia a influência do fascismo italiano nas
relações trabalhistas durante o Estado Novo, antes
mesmo da entrada em vigor da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) em 1943. Para negar o conceito
marxista de “luta de classes”, Mussolini desenvolveu
o corporativismo – organização das categorias
patronais e laborais em entidades denominadas
“corporações”, cabendo ao Estado ditatorial dirimir
os conflitos entre patrões e empregados.