(Insper 2013) - QUESTÃO

O diminutivo que aumenta

O diminutivo virou uma espécie de divisor de águas para o brasileiro. Em Portugal, onde a ambiguidade linguística tem menor voltagem e toda conversa arrisca-se a seguir o pé da letra, as pessoas tendem a flexionar o grau do substantivo com a consciência de que pão é pão, queijo é queijo – posto que um diminutivo serve é para diminuir e um aumentativo, para aumentar. Além-mar a ênfase é outra. Quando convém, o diminutivo funciona como aumentativo no Brasil, porque exploramos, como ninguém, o uso dos adjetivos com flexão típica do diminutivo, mas com função superlativa. (...) 
Disponível no nosso armazém de secos e molhados que é a língua, o adjetivo superlativo ficou reservado para ocasiões propícias. Comparado ao brasileiro, o português usa o recurso com imenso recato. 
(Adaptado, Revista Língua, n.º 1)

No último parágrafo, a língua é comparada a um armazém de secos e molhados porque, tal como nesse tipo de estabelecimento comercial, ela

a) oferece formas “customizadas”. 
b) apresenta caráter conservador. 
c) permite fazer permutas. 
d) é elitizada, acessível a poucas pessoas. 
e) comporta variedade de opções.

RESPOSTA: E
_________________________
“Armazém de secos e molhados” é “um estabelecimento comercial de grande tamanho que oferece rica variedade de produtos” (Dicionário Houaiss). Ao associar a língua a um “armazém de secos e molhados”, o autor do texto refere-se às múltiplas possibilidades da língua.

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