(Insper 2013) - QUESTÃO

Quando a crase muda o sentido 
Muitos deixariam de ver a crase como bicho-papão se pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade nas frases 
O emprego da crase costuma desconcertar muita gente. A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou espirituosas de uma turma renomada. O poeta Ferreira Gullar, por exemplo, é autor da sentença "A crase não foi feita para humilhar ninguém", marco da tolerância gramatical ao acento gráfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa crônica "Tropeçando nos acentos", e afirma que a crase foi feita, sim, para humilhar as pessoas; e o humorista Millôr Fernandes, de forma irônica e jocosa, é taxativo: "ela não existe no Brasil". 
O assunto é tão candente que, em 2005, o deputado João Herrmann Neto, (...), propôs abolir esse acento do português do Brasil por meio do projeto de lei 5.154, pois o considerava "sinal obsoleto, que o povo já fez morrer". Bombardeado, na ocasião, por gramáticos e linguistas que o acusavam de querer abolir um fato sintático como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann Neto logo desistiu do projeto.
(Adaptado, Revista Língua, edição 48)

Na passagem “O assunto é tão candente que, em 2005, o deputado João Herrmann Neto, (...), propôs abolir esse acento”, o termo sublinhado, em sentido denotativo, significa 

a) ardente. 
b) polêmico. 
c) urgente. 
d) efêmero. 
e) obscuro.

RESPOSTA: B

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O adjetivo “candente” significa “que está ardendo em brasa” (Dicionário Houaiss). A palavra foi empregada em sentido figurado, assim como “ardente” da alter - nativa a. Em sentido denotativo, significa “polêmico”, por se tratar de um assunto que gera muita discussão.

Um comentário:

  1. no texto o sentido empregado para candente é e polêmico, mas o sentido denotativo, literal não seria ardente?

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