Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da
Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de
lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta
anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os
portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos
batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas.
Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem
e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de
Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso
mencionado é emblemático porque evidencia a
a) rigidez hierárquica da estrutura social.
b) inserção feminina nos ofícios militares.
c) adesão pública dos imigrantes portugueses.
d) flexibilidade administrativa do governo imperial.
e) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
A heroína baiana Maria Quitéria constitui um caso
único na história das Forças Armadas Brasileiras, ou
seja, alistou-se no Exército e combateu os portugueses
na Guerra de Independência. Todavia, deve-se
lembrar que a não-participação das mulheres em
forças combatentes é uma consequência — salvo
poucas exceções registradas pela História — de uma
tradição patriarcal subsistente através dos tempos, e
não uma mera decorrência da formação social
brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO!