Se como concluo que acontecerá, persistir esta viagem de Lisboa para Calecute, que já se iniciou, deverão faltar as especiarias às galés venezianas e aos seus
mercadores.
(Diário de Girolamo Priuli. Julho de 1501)
Esta afirmação evidencia que Veneza estava
a) tomada de surpresa pela chegada dos portugueses
à Índia, razão pela qual entrou em rápida e acentuada decadência econômica.
b) acompanhando atentamente as navegações portuguesas no Oriente, as quais iriam trazer prejuízos ao
seu comércio.
c) despreocupada com a abertura de uma nova rota pelos portugueses, pois isto não iria afetar seu comércio e suas manufaturas.
d) impotente para resistir ao monopólio que os portugueses iriam estabelecer no comércio de especiarias pelo Mediterrâneo.
e) articulando uma aliança com outros estados italianos para anular os eventuais prejuízos decorrentes
das navegações portuguesas.
A cidade de Veneza – e, em menor escala, também
Gênova – monopolizava a distribuição de produtos
orientais na Europa, via Mediterrâneo, durante a Baixa
Idade Média. Ora, a chegada dos portugueses às
Índias (Calecute era uma cidade indiana), além de quebrar o monopólio italiano, tornaria as especiarias e
outros produtos mais baratos, porquanto seriam adquiridos diretamente na fonte. Daí a preocupação evidenciada pelo comentarista veneziano no trecho transcrito
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