Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da
proa chegavam à fedentina quente de um porto, num
silêncio de mato e de febre amarela. [...] Faziam as suas
necessidades nos trens de animais onde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São Paulo. Amontoados
[...] num carro de bois, [...] chegavam uma tarde às
senzalas donde acabava de sair o braço escravo.
(Oswald de Andrade. Marco Zero I: A revolução
melancólica, 1978.)
O escritor descreve
a) a constituição de bairros de imigrantes, vindos das
áreas rurais, nas metrópoles urbanas.
b) as etapas do deslocamento da mão de obra imigrante
dos países de origem até as propriedades agrícolas.
c) os fatores de expulsão de trabalhadores imigrantes das
sociedades europeias para o mercado brasileiro.
d) a melhoria das condições materiais de vida dos colonos
imigrantes nas fazendas paulistas.
e) os conflitos motivados por diferenças socioculturais
entre a população imigrante e a mão de obra escrava.
A questão aborda as condições em que os imigrantes
europeus (sobretudo italianos) chegavam ao Brasil na
segunda metade do século XIX, quando o País
realizava a transição do trabalho escravo para a mão
de obra livre na economia cafeeira, então em expansão
pelo Oeste Paulista.
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