A base estatística mais sólida de que se dispõe a partir
do censo econômico de 1920 permite formar-se uma ideia
mais precisa do ritmo de crescimento da economia
brasileira. Entre aquele ano e 1929, a taxa média anual de
crescimento do produto foi da ordem de 4,5 por cento.
No período compreendido entre 1929 e 1937, essa taxa
se reduz a 2,3 por cento. No decênio seguinte (1937-47)
há uma ligeira elevação para 2,9 e finalmente no último
decênio (1947-57) assinala-se uma elevação substancial
para 5,3 por cento.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil, 1989.)
A queda da taxa média de crescimento da economia
brasileira de 4,5 para 2,3 por cento deveu-se
a) à perda de poder político da burguesia industrial com
a queda da Primeira República brasileira.
b) à montagem, pelos países imperialistas nas colônias
africanas, de empresas agrícolas concorrentes com as
brasileiras.
c) à dívida crescente dos grandes produtores agrícolas
com o capitalismo financeiro anglo-americano.
d) à falência do Estado brasileiro devido aos gastos com
a política de proteção dos preços do café nos mercados
externos.
e) à contração do mercado consumidor internacional com
a crise das economias capitalistas desenvolvidas.
A Grande Depressão decorrente da Crise de 1929 se
fez sentir na década de 1930 em nível mundial
(inclusive no Brasil), com a notória exceção da URSS,
então no processo de “construção do socialismo” . Esse
fenômeno, somado à instabilidade política decorrente
da mudança de regime determinada pela ascensão de
Vargas, afetou o desenvolvimento da economia
brasileira.
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