A cidade antiga organizava-se em torno de um conjunto de edifícios e monumentos que desapareceram entre os séculos IV e VII: fóruns, templos, pórticos, circo, teatro, estádio, termas. […] Durante muito tempo, as igrejas são os únicos monumentos nas cidades da Alta Idade Média e nas cidades episcopais, onde o bispo e o clero cristão mantêm uma certa vida urbana.
(Jacques Le Goff. “Cidade”. In: Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt. (orgs.). Dicionário analítico do Ocidente medieval, vol. 1, 2017.)
O texto refere-se a um aspecto da passagem da Antiguidade Clássica para a Idade Média, caracterizado
a) pela permanência do politeísmo romano e pelo esforço de cristianização dos pagãos.
b) pela cristianização do poder imperial e pela aliança da Igreja cristã com o Imperador.
c) pelo avanço das atividades comerciais e pelo surgimento de grandes centros urbanos.
d) pelo processo de ruralização da vida social e pela emergência de novos poderes políticos.
e) pelo esplendor da cultura clássica e pela ausência da cultura artística no mundo cristão.
O texto faz referência ao processo de desarticulação da cidade na Alta Idade Média e à ampliação da presença da Igreja tanto no cenário urbano quanto no cenário político. Em um contexto de fragilização do poder estatal romano, os clérigos iam ampliando sua atuação junto a amplos setores da sociedade.
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