(ENEM 2018) - QUESTÃO

A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo livremente vem para as praças – as praças que são do povo. Para as ruas – que são do povo. 

Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigosldiscurso-de-joaogoulart-no-comicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015.

Em um momento de radicalização política, a retórica no discurso do presidente João Goulart, proferido no comício da Central do Brasil, buscava justificar a necessidade de 
a) conter a abertura econômica para conseguir a adesão das elites. 
b) impedir a ingerência externa para garantir a conservação de direitos. 
c) regulamentar os meios de comunicação para coibir os partidos de oposição. 
d) aprovar os projetos reformistas para atender a mobilização de setores trabalhistas. 
e) incrementar o processo de desestatização para diminuir a pressão da opinião pública.  



O presidente João Goulart (1961-64) propôs a implantação de medidas reformistas conhecidas como “reformas de base”(agrária, bancária, universitária, tributária e eleitoral), combatidas pelos setores conservadores sob a acusação de serem “antidemocráticas” e tendentes a estabelecer um regime de cunho socialista. Daí a crítica de Jango ao conceito de democracia defendido por seus adversários, os quais ele acusava de serem inimigos do próprio povo. 

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