Exercícios sobre a Primeira República (Republica velha) - Com gabarito

01. (UNEAL) - Na Primeira República (1889-1930), a maioria dos presidentes eram de São Paulo e de Minas Gerais. O revezamento de mineiros e paulistas na Presidência garantiu

a) o controle das eleições pelo povo.
b) votação secreta.
c) eleições limpas, isto é, sem fraudes.
d) maior participação política e melhores condições de vida no país.
e) aos grandes proprietários de terra o domínio político do País.

02. (ENEM) - O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia ate a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG. 1998 (adaptado). 

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na

a) coação das milícias locais.
b) estagnação da dinâmica urbana.
c) valorização do proselitismo partidário.
d) disseminação de práticas clientelistas.
e) centralização de decisões administrativas.

03. (FAMERP) - “A questão social é um caso de polícia” — esta frase, atribuída a Washington Luís, presidente da República de 1926 até a sua deposição em 1930, é geralmente apontada como o sintoma de como as questões relativas ao trabalho (a “questão social”) eram descuidadas pelo Estado, durante o período da chamada República Velha (1889-1930). (Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1984.) 

A associação da frase de Washington Luís a um “sintoma” característico da Primeira República brasileira pode ser exemplificada pela

a) liberação das manifestações de trabalhadores no perímetro urbano de todas as capitais.
b) proibição de entrada de imigrantes que tivessem participado de sindicatos nos seus países de origem.
c) decretação do toque de recolher, ainda no final do século XIX, com a limitação dos horários de circulação dos cidadãos.
d) repressão contínua às greves, aos protestos e a outras formas de manifestação dos trabalhadores.
e) promulgação da legislação trabalhista, com a definição de direitos e deveres dos trabalhadores.

04. (PUC-RJ)  - Sobre o período da Primeira República (1889-1930), é CORRETO afirmar que:
a) os temas da nação e da cidadania ganharam centralidade na Constituição de 1891, havendo atenção aos problemas sociais e à participação política, com leis trabalhistas e extensão significativa do direito ao voto. 
b) a violência e o risco de fraude nas eleições eram reduzidos - assim como a barganha política, a venda de votos e a dependência a chefes locais, havendo combate dos expedientes ilícitos pelo Estado. 
c) havia um Estado forte e centralizador que limitava a autonomia do poder estadual e garantia o controle sobre a produção e comercialização dos principais produtos agrícolas brasileiros. 
d) havia uma ordem liberal e uma organização federativa, o domínio político das oligarquias estaduais e a força dos coronéis nos municípios, além de uma participação eleitoral restrita. 
e) houve a rejeição do capital externo na promoção da urbanização das cidades brasileiras e também o incentivo estatal à industrialização, que superou a fragilidade de uma economia outrora dependente da agroexportação.

05. (PUC-RS)  - A década de 1920 foi um período importante de transição na história política do Brasil Republicano, sendo caracterizada

a) pela exclusão de boa parte das oligarquias regionais no poder central do país, na medida em que os Estados mais importantes economicamente controlavam a Presidência da República. 
b) por uma grande renovação nacional, com a alternância de partidos e de projetos políticos no controle do país, apesar da baixa participação popular nas decisões coletivas. 
c) por uma forte presença dos militares no comando da nação, especialmente dos chamados “tenentes”, cujas revoltas permitiram a ascensão do Exército aos cargos máximos do país. 
d) pela descentralização política, com o federalismo, mas, ao mesmo tempo, por forte concentração administrativa, devido ao controle do Executivo sobre os demais poderes de Estado. 
e) por uma forte ausência de mobilização política das classes trabalhadoras, em virtude da falta de uma agremiação partidária própria, como um Partido Comunista, o qual só será fundado por Luis Carlos Prestes depois de 1930. 

06. (UNESP) - Entre os mecanismos que sustentavam o regime político da Primeira República brasileira, pode-se citar
a) a Constituição, que restringia aos chamados homens bons o acesso aos principais postos dos poderes executivo e legislativo. 
b) a política de compromissos, que vinculava os sindicatos de trabalhadores urbanos ao Ministério do Trabalho. 
c) a política do café com leite, que proibia as candidaturas eleitorais de representantes dos estados do Sul e Nordeste. 
d) a política dos governadores, que articulava a ação do governo federal aos interesses das oligarquias locais. 
e) a reforma política, que eliminou o voto censitário e instituiu o sufrágio universal nas eleições parlamentares.

07. (IFBA) - Política e cultura andaram muito próximas nos anos 20. Cada uma a seu modo trazia ventos de mudança. (...). Na cultura, o grande evento, sem dúvida, foi a realização da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, (...) que ajudou a projetar uma geração de importantes escritores e artistas, como Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Heitor Villa-Lobos e Guiomar Novais, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Vitor Brecheret.
(Fonte: TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil: História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2002. p. 255. Adaptado.)

 No contexto de efervescência político, cultural e ideológico, que marcou o Brasil a partir dos anos de 1920, a Semana de Arte Moderna cumpre o importante papel de:

a) identificar influências artísticas e culturais europeias que estivessem compatíveis com os interesses da burguesia cafeeira brasileira, descontente com as velhas tradições culturais. 
b) buscar uma arte moderna de raízes brasileiras e de compromisso com a nacionalidade, promovendo uma revisão de valores artístico-culturais, de linguagem e conceitos. 
c) estabelecer fóruns de discussões intelectuais, no sentido de garantir o respeito à tradição artística e cultural do país e impedir a adesão às novas tendências das artes que vigoravam na Europa. 
d) substituir os velhos valores artísticos e culturais brasileiros de base nacionalista por outros mais modernos e identificados com o capitalismo dos Estados Unidos, fonte de inspiração para a arte mundial. 
e) romper com a liberdade criadora que ameaçava a tradição artística brasileira, impondo uma unidade na produção artístico-cultural com base na valorização da linguagem e dos velhos conceitos artísticos. 

08. (UFF) - A chamada República Velha, no Brasil, também conhecida como “República Oligárquica”, é normalmente caracterizada como um período de amplo acordo entre os grupos dominantes regionais, quase sem fissuras entre os poderosos do país. Um olhar mais cuidadoso, porém, demonstra que, desde o início, as disputas entre esses grupos se fizeram presentes. No início da década de 1920, as frações de classe que dominavam os estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul se aliaram, na disputa pela Presidência da República, para enfrentar o acordo entre São Paulo e Minas Gerais – a política do café com leite. Esse movimento ficou conhecido como

a) Reação Republicana.
b) Convênio de Taubaté.
c) Frente Ampla.
d) União Democrática Nacional.
e) Campanha Civilista.

09. (UPF) - A República Velha (1889-1930) no Brasil teve na chamada “Política dos Governadores” um dos seus elementos mais caracterizadores. O objetivo desta política era:

a) Fortalecer o poder central diante do fortalecimento das oligarquias estaduais.
b) Dissolver as oligarquias rurais, concentrando o poder nos governos estaduais.
c) Promover o fortalecimento da Federação do Brasil, dividindo o poder entre Estados fortes e fracos no país.
d) Enfraquecer as alianças oligárquicas estaduais que comprometessem nas eleições a sucessão presidencial.
e) Harmonizar os interesses dos Estados mais ricos, ao mesmo tempo em que favorecia os objetivos do poder central em relação à política nacional.






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