Após a implantação do regime militar, a
industrialização cresceu consideravelmente, prescindindo
da reforma agrária. Esse fato não foi ocasional, mas
consequência de uma escolha. Os governos militares
abandonaram a perspectiva de ampliar a demanda através
da maior capacidade de consumo da população pobre.
Preferiram, em vez disso, incentivar a produção de bens
de consumo duráveis — caso típico dos automóveis —,
destinados às classes de renda média e alta.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2012.)
O excerto sustenta que as políticas governamentais de
reforma agrária no Brasil
a) procuravam conter o deslocamento populacional para
as cidades.
b) objetivavam conter a inflação de gêneros alimentícios
de primeira necessidade.
c) pretendiam racionalizar a produção da pequena
propriedade agrícola.
d) decorriam da constituição de sindicatos rurais de
trabalhadores.
e) estavam ligadas a modelos de desenvolvimento
econômico.
O modelo nacional-desenvolvimentista, atrelado ao
processo de industrialização e urbanização do Brasil,
seja na república liberal de bases populistas, ou
durante a vigência do regime militar, fez a escolha
preferencial pela produção de bens de consumo
duráveis. Dessa maneira, apesar de debates sobre a
reforma agrária no governo João Goulart ou da
criação do Incra, no período do governo militar, a
reforma agrária não foi tratada como uma prioridade
do Estado para diminuir a faixa de pobreza do País.
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