(ENEM 2022) - QUESTÃO

Sempre que a relevância do discurso entra em jogo, a questão torna-se política por definição, pois é o discurso que faz do homem um ser político. E tudo que os homens fazem, sabem ou experimentam só tem sentido na medida em que pode ser discutido. Haverá, talvez, verdades que ficam além da linguagem e que podem ser de grande relevância para o homem no singular, isto é, para o homem que, seja o que for, não é um ser político. Mas homens no plural, isto é, os homens que vivem e se movem e agem neste mundo, só podem experimentar o significado das coisas por poderem falar e ser inteligíveis entre si e consigo mesmos. 
ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. 

No trecho, a filósofa Hannah Arendt mostra a importância da linguagem no processo de 
a) entendimento da cultura. 
b) aumento da criatividade. 
c) percepção da individualidade. 
d) melhoria da técnica. 
e) construção da sociabilidade.


O texto clássico “A condição humana” retoma a tônica de que o que nos faz humanos é a prática da significação, no texto visto por meio do discurso carregado do senso simbólico. Imersos na alienação econômica, intelectual e política, cabe aos “homens no plural […] experimentar o significado das coisas por poderem falar e ser inteligíveis […]”, como ocorre na construção do laço social.

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