Não é difícil perceber que, se o poeta deseja chegar ao mistério, deve fazê-lo adequadamente, sob pena de correr o sério risco de perdê-lo. O mistério obviamente não pode ser revelado, pois deixaria de ser mistério. O segredo está em sugeri-lo, em “evocar pouco a pouco um objeto para mostrar um estado de alma”. Desse modo, o objeto não é utilizado com um fim em si mesmo, como nos parnasianos; pelo contrário, serve para desencadear um movimento que leva ao inefável. Não passa, portanto, de estímulo, habilmente escolhido, para que o leitor intua ou imagine o fim último sonhado pelo poeta.
(Álvaro Cardoso Gomes. “Introdução”, 1994. Adaptado.)
O texto refere-se ao poeta
a) modernista.
b) árcade.
c) simbolista.
d) barroco.
e) romântico.
a) modernista.
b) árcade.
c) simbolista.
d) barroco.
e) romântico.
Esse excerto faz referência ao Simbolismo, escola cuja
poesia deveria sugerir em vez de nomear, segundo um
dos teorizadores dessa tendência, Mallarmé. A busca
do transcendente, do metafísico, do “estado de alma”
e do inefável é um dos fundamentos dessa estética.
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