Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual
aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o
céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem
eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos
séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu
em Deus um novo movimento, uma vontade nova para
dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode
haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma
vontade que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é
um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
a) essência da ética cristã.
b) natureza universal da tradição.
c) certezas inabaláveis da experiência.
d) abrangência da compreensão humana.
e) interpretações da realidade circundante.
Para Agostinho, há uma oposição entre eternidade e
temporalidade. A eternidade é divina e não tem
limites, enquanto a temporalidade é dimensional,
situada entre o nascimento e a morte de um indivíduo.
No texto, Agostinho trata da inabilidade humana de
compreender a eternidade.
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