Durante o império de Napoleão Bonaparte (1804-1814),
foi instituído um Catecismo, que orientava a relação dos
indivíduos com o Estado.
O cristão deve aos príncipes que o governam, e nós
devemos particularmente a Napoleão 1º, nosso imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar, os impostos exigidos para a conservação e defesa
do império e de seu trono; nós lhe devemos ainda orações fervorosas pela sua salvação, e pela prosperidade
espiritual e material do Estado.
(Catecismo Imperial de 1806.)
O conteúdo do Catecismo contradiz o princípio político
da cidadania estabelecido pela Revolução de 1789, porque
a) o cidadão participa diretamente das decisões, sem
representantes políticos e comandantes militares.
b) a cobrança de impostos pelo Estado impede que o
cidadão tenha consciência de seus direitos.
c) a cidadania e a democracia são incompatíveis com as
formas políticas da monarquia e do império.
d) o cidadão foi forçado, sob o bonapartismo, a romper
com o cristianismo e o papado.
e) o cidadão reconhece os poderes estabelecidos por
ele e obedientes a leis.
A Revolução Francesa, durante a fase da Convenção
Nacional (1792-95), estabeleceu o princípio da soberania popular; esta seria representada pelo conjunto dos
cidadãos, os quais exerceriam o sufrágio nacional. O
Império Napoleônico originou-se de um plebiscito universal (masculino), mas depois assumiu feições
centralizadoras e autocráticas, das quais o citado
“Catecismo” constitui um exemplo emblemático.
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