Nosso conhecimento científico “está começando a nos
capacitar a interferir diretamente nas bases biológicas ou
psicológicas da motivação humana, por meio de drogas
ou por seleção ou engenharia genética, ou usando
dispositivos externos que interferem no cérebro ou nos
processos de aprendizagem”, escreveram recentemente
os filósofos Julian Savulescu e Ingmar Persson. […]
James Hughes, especialista em bioética […], defendeu o
aprimoramento moral, afirmando que ele deve ser
voluntário e não coercitivo. “Com a ajuda da ciência,
poderemos descobrir nossos caminhos para a felicidade e
virtude proporcionadas pela tecnologia”.
(Hillary Rosner. “Seria bom viver para sempre?”
www.sciam.com.br, outubro de 2016.)
As possibilidades tecnológicas descritas no texto
permitem afirmar que
a) o aprimoramento visado pelos pesquisadores
desvaloriza o progresso técnico no campo
neurocientífico.
b) tais interferências técnicas somente seriam
possibilitadas sob um regime político totalitário.
c) ideais espiritualistas de meditação permitem
concentração intensa da mente.
d) o caráter voluntário dos experimentos elimina a
existência de controvérsias de natureza ética.
e) os recursos científicos estão direcionados ao
aperfeiçoamento técnico da espécie humana.
Os filósofos mencionados no texto defendem que recursos científicos (drogas, engenharia genética ou dispositivos) contribuem para um aprimoramento dos seres humanos que conduziria à felicidade e à virtude. Assim, seria possível falar de um aperfeiçoamento técnico da espécie.
Vale dizer que tal concepção é controversa em termos éticos, tendo em vista, por exemplo, preocupações quanto a ímpetos eugenistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO!