(PUC PR 2018) - QUESTÃO

[...] O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos treinando a arte do arco e flecha, até se tornar um especialista. Ao chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou uma extensa parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro deles. O arqueiro ficou impressionado. Não acreditava que uma única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza. Uma multidão de flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele feito? Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou: “Você sabe quem lançou essas flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim? Aquele garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino contou como fez aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. [...]  
Disponível em: . Acesso em: 13/06/17. (Excerto). 

Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sintetizar interpretações sobre fatos da vida cotidiana, geralmente ilustrados por narrativas que contêm quebras de expectativa. Considerando essas informações, o possível provérbio que melhor sintetiza o texto é 

a) Não adianta chorar sobre o leite derramado.  
b) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.  
c) Cada macaco no seu galho.  
d) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.  
e) Em terra de cego, quem tem um olho é rei. 


a) Para aplicar esse ditado, é necessário que tenha acontecido algo irreparável, o que não é o caso da narrativa.  
b) Seria o caso de aplicar esse provérbio, se o menino tivesse alcançado a perfeição de acertar o alvo por insistência e exercício.  
c) Essa situação ilustraria uma narrativa que provocasse uma reflexão sobre o fato de cada um ter de cuidar da própria vida, o que não se aplica na questão.  
d) Não se trata de uma narrativa que promova uma ação e reação do tipo “dar o troco em alguém”, revidar.  
e) O menino, ao contrário do que todos tentariam fazer, não marca o alvo para depois lançar a flecha, mas lança a flecha e só então a contorna com o desenho do alvo, ou seja, ele tem um toque de esperteza que promove a quebra de expectativa para o excerto narrativo e pode ser relacionado a “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. 
 


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