A geografia mundial da inovação sofreu uma reviravolta
que mobiliza fatores humanos, financeiros e tecnológicos.
Esforço humano: com 1,15 milhão de pesquisadores, a
China dispõe de um potencial equivalente a 82% da
capacidade norte-americana e 79% da europeia; segundo
a National Science Foundation norte-americana, o país
deverá concentrar 30% de todos os pesquisadores do
mundo até 2025.
Esforço financeiro: em 2009, pela primeira vez, a China
apresentou um orçamento para pesquisa que a colocou
em segundo lugar no mundo – ainda bastante longe dos
Estados Unidos, mas à frente do Japão.
Esforço tecnológico: em 2011, o país se tornou o primeiro
depositante mundial de patentes, graças a uma estratégia
nacional que visa passar do Made in China (produzido na
China) para o Designed in China (projetado na China).
CARROUÉ, L. Desindustrialização. Disponível em:
www.diplomatique.org.br. Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).
O texto apresenta um novo fator a ser considerado para
refletir sobre o papel produtivo entre os países,
representado pela
a) aplicação da ciência e tecnologia no desenvolvimento
produtivo, que aumenta o potencial inventivo.
b) ampliação da capacidade da indústria de base, que
coopera para diversificar os níveis produtivos.
c) exploração da mão de obra barata, que atrai fluxo de
investimentos industriais para os países.
d) inserção de pesquisas aplicadas ao setor financeiro, que
incentiva a livre concorrência.
e) transnacionalização do capital industrial, que eleva os
lucros em escala planetária.
Dentro da Nova Ordem Mundial, o mundo multipolar é representado pelos Estados Unidos, pela Europa e pelo Japão. No entanto, nos últimos anos a China vem emergindo como potência mundial. Detentora de um dos maiores PIBs do mundo, a China tem investido na formação de pesquisadores e em pesquisas tecnológicas, o que já mostra resultados positivos quando contabilizado o grande número de registros de patentes, como salienta o enunciado da questão. Dessa forma, o país pretende crescer desenvolvendo suas próprias tecnologias, e não mais como parque industrial de produtos estrangeiros.