➦ (ENEM 2016) - As convicções religiosas dos escravos eram entretanto
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo
Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a
salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas
religiosas de seus mestres. Iemanjá, mãe de numerosos
outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da
Conceição, e Nossa Buruku, a mais idosa das divindades
das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem
Maria.
(VERGER. P. Orixás deuses iorubás na
África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio,1981.)
O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma
estratégia utilizada pelos negros escravizados para
a) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
c) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
e) possibilitar a adoração de santos católicos.
A conversão religiosa forçada dos escravos chegados ao Brasil, obrigados a se tornar cristãos, foi uma das formas de violência contra africanos e negação de sua identidade. O sincretismo foi uma forma de autodefesa e preservação identitária, resultando na preservação de crenças ancestrais sob uma aparência cristão, o que incluiu a associação de divindades africanas à imagética cristã.
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