É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da
República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo,
no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo
bestializado”. Essa versão foi relida pelos enaltecedores da
Revolução de 1930, que não descuidaram da forma
republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e
o estrangeirismo da fórmula implantada em 1869, isto porque
o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.
MELLO, M. T. C. A república consentida:
cultura democrática e científica no final do Império.
Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma determinada
memória sobre a Proclamação da República no Brasil
teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais
importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de
1889, porque esta era uma maneira de
A) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais
vitoriosas.
B) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à
Monarquia.
C) criticar a política educacional adotada durante a
República Velha.
D) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada
desse grupo ao poder.
E) destacar a ampla participação popular obtida no
processo da Proclamação.
-------------------------------------------------------------------- RESPOSTA: D
👀 Resposta comentada:
A Revolução de 1930, apesar de promovida por grupos oligárquicos opositores do governo de Washington
Luís, afirmava defender as propostas da Aliança
Liberal, recém-derrotada nas urnas; ou seja, dizia
atender as aspirações populares e de setores médios
(nos quais se incluíam os “tenentes”), defendendo um
Brasil modernizado que acabasse com os vícios da
“República dos Coronéis”.
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