(ENEM 2011) - QUESTÃO

Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. 
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado)

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social 

A) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. 
B) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. 
C) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. 
D) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. 
E) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

-------------------------------------------------------------------- RESPOSTA: E

👀 Resposta comentada:

O coronelismo (ou “mandonismo”), embora ainda tenha resquícios no Brasil de hoje, predominou na Primeira República, quando o perfil das camadas populares era essencialmente rural. Suas raízes remontam ao latifúndio patriarcal da Época Colonial e traduzem a submissão do campesinato da época ao poder econômico, social e político dos grandes proprietários. 

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