(FAMERP 2017) - QUESTÃO

“A questão social é um caso de polícia” — esta frase, atribuída a Washington Luís, presidente da República de 1926 até a sua deposição em 1930, é geralmente apontada como o sintoma de como as questões relativas ao trabalho (a “questão social”) eram descuidadas pelo Estado, durante o período da chamada República Velha (1889-1930). (Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1984.) 

A associação da frase de Washington Luís a um “sintoma” característico da Primeira República brasileira pode ser exemplificada pela 

A) liberação das manifestações de trabalhadores no perímetro urbano de todas as capitais. 
B) proibição de entrada de imigrantes que tivessem participado de sindicatos nos seus países de origem. 
C) decretação do toque de recolher, ainda no final do século XIX, com a limitação dos horários de circulação dos cidadãos. 
D) repressão contínua às greves, aos protestos e a outras formas de manifestação dos trabalhadores. 
E) promulgação da legislação trabalhista, com a definição de direitos e deveres dos trabalhadores.

_________________________________________ RESPOSTA: A
A frase efetivamente pronunciada por Washington Luis foi “a agitação operária é uma questão que interessa mais à ordem pública do que à ordem social”, tendo sido sintetizada na expressão “a questão operária é uma questão (e não “caso”) de polícia”. De qualquer forma, ela reflete a incompreensão e intolerância das autoridades da Primeira República em relação ao movimento operário. Ação policial violenta, repressão às greves, prisões arbitrárias, deportação de militantes estrangeiros, proibição de organizações sindicais e empastelamento de gráficas libertárias eram práticas recorrentes contra os integrantes do proletariado até a ascensão de Getúlio Vargas.

(http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/famerp/2017/1dia/famerp2017_1dia.pdf)

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