“A questão social é um caso de polícia” — esta frase, atribuída
a Washington Luís, presidente da República de 1926
até a sua deposição em 1930, é geralmente apontada como o
sintoma de como as questões relativas ao trabalho (a “questão
social”) eram descuidadas pelo Estado, durante o período
da chamada República Velha (1889-1930).
(Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1984.)
A associação da frase de Washington Luís a um “sintoma”
característico da Primeira República brasileira pode ser
exemplificada pela
A) liberação das manifestações de trabalhadores no perímetro urbano de todas as capitais.
B) proibição de entrada de imigrantes que tivessem participado
de sindicatos nos seus países de origem.
C) decretação do toque de recolher, ainda no final do século
XIX, com a limitação dos horários de circulação dos
cidadãos.
D) repressão contínua às greves, aos protestos e a outras
formas de manifestação dos trabalhadores.
E) promulgação da legislação trabalhista, com a definição
de direitos e deveres dos trabalhadores.
_________________________________________ RESPOSTA: A
A frase efetivamente pronunciada por Washington
Luis foi “a agitação operária é uma questão que
interessa mais à ordem pública do que à ordem
social”, tendo sido sintetizada na expressão “a questão
operária é uma questão (e não “caso”) de polícia”. De
qualquer forma, ela reflete a incompreensão e
intolerância das autoridades da Primeira República
em relação ao movimento operário. Ação policial
violenta, repressão às greves, prisões arbitrárias,
deportação de militantes estrangeiros, proibição de
organizações sindicais e empastelamento de gráficas
libertárias eram práticas recorrentes contra os
integrantes do proletariado até a ascensão de Getúlio
Vargas.
(http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/famerp/2017/1dia/famerp2017_1dia.pdf)
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