Para o caboclo, a modernização, suas ideias e vontades
se mostraram de forma excludente e violenta, pois
começavam a alterar toda uma visão de mundo, toda uma
celebração da tradição. Do lado das elites, a nova cultura
estava cada vez mais ligada ao racionalismo dos
costumes, da produção, do trabalho e do capital,
impondo-se como cotidiano, adotado como cultura.
(Everton Carlos Crema. “Monarquistas ou republicanos: a história
das ideias políticas na Guerra do Contestado (1912-1916)”.
Ensino & Pesquisa, 2013. Adaptado.)
O excerto refere-se ao período do desenvolvimento do
Contestado (1912-1916), conflito que teve por principais
características
a) a desigualdade social e a defesa do parlamentarismo.
b) as políticas higienistas e a atuação do banditismo
social.
c) a luta pela manutenção das ferrovias e do estado laico.
d) a ênfase religiosa e as disputas pela propriedade da
terra.
e) o incentivo à urbanização e o caráter popular dos
envolvidos.
A Guerra do Contestado irrompeu durante a
construção de uma estrada de ferro (modernização)
no interior do atual estado de Santa Catarina. A
empresa responsável pela execução do projeto ganhou
a concessão de terras nos arredores do percurso da
ferrovia, provocando a expulsão de inúmeros
posseiros da região. Seguidores das ideias religiosas do
monge José Maria, os caboclos se organizaram em
aldeias para resistir ao avanço das obras e
consequentemente manter seu estilo rústico de vida.
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