Sabemos que a expansão bandeirante deveu seu
impulso inicial sobretudo à carência, em São Paulo, de
braços para a lavoura ou antes à falta de recursos
econômicos que permitissem à maioria dos lavradores
socorrer-se da mão de obra africana. Falta de recursos que
provinha, por sua vez, da falta de comunicações fáceis ou
rápidas dos centro produtores mais férteis, se não mais
extensos, situados no planalto, com os grandes mercados
consumidores.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 2001.)
A particularidade da colonização de São Paulo, quando
comparada com a de Recife e de Salvador, deveu-se
a) ao trabalho de pacificação dos índios guerreiros pela
Companhia de Jesus.
b) ao rápido processo de urbanização em decorrência da
exploração aurífera.
c) à oposição dos habitantes às exigências econômicas da
metrópole.
d) ao isolamento social de uma colonização de interior
afastada do litoral.
e) à inadaptabilidade das espécies vegetais tropicais ao
clima temperado.
O bandeirismo paulista apresentou, entre outros
fatores para sua ocorrência, a relativa pobreza da vila
de São Paulo. Tais condições decorriam tanto da
pouca fertilidade de seu solo, como do distanciamento
dos principais centros econômicos da colônia,
localizados na Bahia e em Pernambuco, daí a
necessidade de os paulistas adentrarem o interior (o
chamado "sertão"), com o objetivo de apresar mão de
obra indígena, tanto para utilizá-la em benefício
próprio, como para vendê-la às regiões que
necessitassem dela.
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