Considere o texto. A posse de João Goulart na presidência significava a volta do esquema populista, em um contexto de mobilizações e pressões sociais muito maiores do que no período Vargas. Os ideólogos do governo e os dirigentes sindicais trataram de fortalecer o esquema. (...) O Estado seria o eixo articulador dessa aliança, cuja ideologia básica era o nacionalismo e as reformas sociopolíticas denominadas de reformas de base. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp/FDE, 1996. p. 447)
As reformas de base a que o texto se refere tinham como
objetivo, entre outros,
a) garantir o acesso de trabalhadores do campo à propriedade, atendendo a parte das reivindicações de sindicatos rurais.
b) realizar uma ampla reforma tributária, ampliando as taxas de juros dos bancos privados nacionais e internacionais.
c) vender aos trustes e cartéis internacionais algumas empresas nacionais como forma de obter receita para o Estado Brasileiro.
d) conceder aos fazendeiros os títulos de propriedade de terras que estavam ocupadas há muito tempo pelos posseiros.
e) mudar a legislação eleitoral com o objetivo de restringir a candidatura dos analfabetos aos cargos do poder executivo.
Entre as “reformas de base” propostas pelo governo
Goulart, avultava a reforma agrária reivindicada
pelas organizações de trabalhadores rurais, cuja
ponta-de-lança eram as Ligas Camponesas lideradas
por Francisco Julião. Complementarmente, a reforma bancária deveria proporcionar créditos à população de baixa renda — o que incluiria o campesinato.
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