O Classicismo considerava o poeta como servidor da obra, elaborada segundo regras eternas e destinada a certos fins de ordem moral e catártica. Este novo movimento tende a se importar mais com a autoexpressão da subjetividade do poeta. A verdade poética não é mais obtida pela “imitação da natureza” e sim pela “sinceridade” e “autenticidade” da autoexpressão. A obra, antes válida enquanto objeto perfeito, vale agora sobretudo enquanto revelação da verdade íntima do criador. A “perfeição” é nociva na medida em que suprime a sinceridade e a espontaneidade. (Anatol Rosenfeld. Texto/Contexto I, 1996. Adaptado.)
O novo movimento a que o texto se refere é o
a) Parnasianismo.
b) Arcadismo.
c) Naturalismo.
d) Simbolismo.
e) Romantismo.
No texto de Anatol Rosenfeld, a passagem “revelação
da verdade íntima do criador” remete tanto ao
Romantismo, como também ao Simbolismo. Essa
ambiguidade é solucionada no momento em que o
crítico afirma que “Esse novo movimento tende a se
importar mais com a autoexpressão da subjetividade”,
contrapondo essa característica ao que foi
mencionado anteriormente, a submissão do poeta às
regras eternas e universais do Classicismo. A oposição
aos ideiais clássicos e o conceito estético de que a
perfeição é nociva são características que só podem
ser atribuídas ao Romantismo.
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