(ENEM 2018) - QUESTÃO

O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra — ou a Conquista —, como se dizia então. E um mistério continua: o resultado do combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México — a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-colombiano — como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que dispunha de centenas de milhares de guerreiros? 

TODOROV. T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes. 1991 (adaptado).

No contexto da conquista, conforme análise apresentada no texto, uma estratégia para superar as disparidades levantadas foi 
a) implantar as missões cristãs entre as comunidades submetidas. 
b) utilizar a superioridade física dos mercenários africanos. 
c) explorar as rivalidades existentes entre os povos nativos. 
d) introduzir vetores para a disseminação de doenças epidêmicas. 
e) comprar terras para o enfraquecimento das teocracias autóctones.  


A utilização das rivalidades entre os povos nativos da América para conseguir aliados na luta contra grupos dominantes (astecas, no caso citado), pelos colonizadores europeus, foi um recurso para minimizar a inferioridade numérica dos atacantes em relação à população nativa. 
A referência da alternativa D sobre o emprego de agentes biológicos para provocar doenças e debilitar a resistência dos nativos não pode ser aplicada à conquista do Império Asteca pelos espanhóis, tendo em vista a rapidez com que esse processo se consumou (1519-1521).  

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