A instabilidade social e política do Terceiro Mundo era
evidente para os EUA, protetores do status quo global, que
a identificavam com o comunismo soviético. Quase desde o
início da Guerra Fria, os EUA partiram para combater esse
perigo por todos os meios, desde a ajuda econômica e a propaganda
ideológica até a guerra maior, passando pela subversão
militar oficial e não oficial.
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995. Adaptado.)
Durante as décadas de 1960 e 1970, setores sociais de países
da América Latina combateram “esse perigo” por meio de
A) guerrilhas financiadas pelo governo soviético, que promoveram
a implantação de regimes comunistas em boa
parte do continente.
B) governos populistas, que se legitimaram em eleições
fraudulentas e adotaram medidas modernizantes ao romper
relações com os EUA.
C) empréstimos oriundos da União Europeia, que visaram à
melhoria das condições sociais nos países mais pobres
do continente.
D) golpes que estabeleceram ditaduras militares e privaram
os cidadãos de parte de seus direitos, às vezes com
apoio explícito dos EUA.
E) campanhas publicitárias que mostraram os progressos
dos países do bloco socialista e criticaram o modelo econômico
estadunidense.
No contexto da Guerra Fria, a instauração de um
regime socialista em Cuba, com a ascensão de Fidel
Castro ao poder, criou um precedente cuja repetição
os Estados Unidos se esforçaram para impedir
(mesmo assim, os norte-americanos não conseguiram
evitar que a Frente Sandinista de Libertação Nacional
assumisse o poder na Nícaragua, em 1979). A solução
encontrada foi apoiar a implantação – sobretudo no
Cone Sul – de ditaduras militares conservadoras,
tendo como modelo o Golpe de 1964 no Brasil.
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