Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma
época dourada e de homens libertos dos constrangimentos
sociais, religiosos e políticos do período precedente. Nessa
“época dourada”, o individualismo, o paganismo e os valores
da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem ao
florescimento das artes e à instalação do homem como centro
do universo.
(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.)
O texto refere-se a uma concepção acerca do Renas -
cimento cultural dos séculos XV e XVI que
a) projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica
o Renascimento como a origem de valores ainda hoje
presentes.
b) estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o
poder tutelar da Igreja Católica Romana.
c) caracteriza a história da arte e do pensamento como
desprovida de rupturas e marcada pela continuidade
nas propostas estéticas.
d) valoriza a produção artística anterior a esse período e
identifica o Renascimento como um momento de
declínio da criatividade humana.
e) afirma o vínculo direto das invenções e inovações
tecnológicas do período com o pensamento mítico da
Antiguidade.
O fragmento transcrito não permite que se estendam
até os dias de hoje os valores atribuídos à Renascença
e a sua relação com a Antiguidade Clássica. De qualquer forma, os renascentistas retomaram concepções
da cultura greco-romana, tais como o individualismo e
o antropocentrismo. Entretanto, o texto deixa de citar
o racionalismo e exagera ao afirmar que os homens do
Renascimento “cultuavam” o paganismo, visto que seu
posicionamento, sob esse aspecto, era mais condizente
com uma admiração (e não “culto”) pelos elementos
artísticos daquele período.
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