A voz subterrânea
Às vezes ouvia-se um canto surdo,
que parecia vir debaixo da terra.
Até que os homens da superfície,
para desvendar o mistério,
puseram-se a fazer escavações.
Sim! eram os homens das minas,
que um desabamento ali havia aprisionado.
E ninguém suspeitava da sua existência,
porque já haviam passado três ou quatro gerações!
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou:
eles estavam cegos
– todos, homens, mulheres, crianças.
Eles estavam cegos... e cantavam!
01. (PUC-PR) Os sinais de pontuação são importantes elementos de expressividade em textos de caráter poético. Assim, em “A voz subterrânea”, é CORRETO afirmar que
a) os pontos de exclamação nos versos 6 e 9 têm a mesma finalidade, a saber, rechaçar a incredulidade do autor frente os eventos apresentados.
b) o travessão do verso 12 introduz um diálogo metafórico, por isso pode também ser entendido como um elemento de realce.
c) as reticências do verso 13 pervertem o momento de maior tensão do texto, criando um paradoxo entre as duas orações do mesmo verso.
d) a vírgula do verso 6 possibilita a ordem indireta da oração adjetiva do verso 7, pois introduz uma explicação quando uma restrição era esperada.
d) os dois-pontos usados no verso 10 servem para introduzir uma elucidação sobre a afirmação feita antes desse sinal, no mesmo verso.
02. (PUC-PR) Os acontecimentos descritos por Quintana em seu texto podem ser postos em ordem cronológica pelo leitor: “havia aprisionado” > “ouvia-se” > “puseram-se”. Sobre os tempos verbais dessa relação, é CORRETO afirmar que
a) o pretérito imperfeito do indicativo é o evento mais recente, uma vez que descreve um evento pontual no passado sem duração de tempo.
b) o pretérito perfeito do indicativo representa o evento intermediário, já que denota uma ação cujo acontecimento é duradouro no passado.
c) o pretérito imperfeito do indicativo descreve a ação mais passada em relação às outras duas, porque é o tempo verbal dos eventos contínuos.
d) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo veicula o evento mais anterior, pois se refere a uma ação que acontece antes das outras.
e) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo tem o mesmo valor do pretérito perfeito do indicativo, dado que indicam simultaneidade.
Às vezes ouvia-se um canto surdo,
que parecia vir debaixo da terra.
Até que os homens da superfície,
para desvendar o mistério,
puseram-se a fazer escavações.
Sim! eram os homens das minas,
que um desabamento ali havia aprisionado.
E ninguém suspeitava da sua existência,
porque já haviam passado três ou quatro gerações!
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou:
eles estavam cegos
– todos, homens, mulheres, crianças.
Eles estavam cegos... e cantavam!
QUINTANA, Mario. Baú de espantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
01. (PUC-PR) Os sinais de pontuação são importantes elementos de expressividade em textos de caráter poético. Assim, em “A voz subterrânea”, é CORRETO afirmar que
a) os pontos de exclamação nos versos 6 e 9 têm a mesma finalidade, a saber, rechaçar a incredulidade do autor frente os eventos apresentados.
b) o travessão do verso 12 introduz um diálogo metafórico, por isso pode também ser entendido como um elemento de realce.
c) as reticências do verso 13 pervertem o momento de maior tensão do texto, criando um paradoxo entre as duas orações do mesmo verso.
d) a vírgula do verso 6 possibilita a ordem indireta da oração adjetiva do verso 7, pois introduz uma explicação quando uma restrição era esperada.
d) os dois-pontos usados no verso 10 servem para introduzir uma elucidação sobre a afirmação feita antes desse sinal, no mesmo verso.
02. (PUC-PR) Os acontecimentos descritos por Quintana em seu texto podem ser postos em ordem cronológica pelo leitor: “havia aprisionado” > “ouvia-se” > “puseram-se”. Sobre os tempos verbais dessa relação, é CORRETO afirmar que
a) o pretérito imperfeito do indicativo é o evento mais recente, uma vez que descreve um evento pontual no passado sem duração de tempo.
b) o pretérito perfeito do indicativo representa o evento intermediário, já que denota uma ação cujo acontecimento é duradouro no passado.
c) o pretérito imperfeito do indicativo descreve a ação mais passada em relação às outras duas, porque é o tempo verbal dos eventos contínuos.
d) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo veicula o evento mais anterior, pois se refere a uma ação que acontece antes das outras.
e) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo tem o mesmo valor do pretérito perfeito do indicativo, dado que indicam simultaneidade.
01. E - a) Incorreta, pois eles não rechaçam a incredulidade, pelo contrário. b) Incorreta, pois não há realce. c) Incorreta, pois eles o introduzem, não o pervertem. d) Incorreta, pois a vírgula nada tem a ver com a inversão. e) Correta. Os dois-pontos explicam a afirmação anterior.
02. D - a) Incorreto. Trata-se do pretérito perfeito. b) Incorreto. Trata-se do pretérito imperfeito. c) Incorreto. Trata-se do pretérito mais-que-perfeito, porém sem a noção de continuidade. d) Correto. Esse é o uso do pretérito mais que perfeito do indicativo. e) Incorreto. Ambos expressam noções diferentes, nenhuma de simultaneidade.
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