“Ao longo da segunda metade do século XVI, a Bahia se tornou a principal capitania do Brasil colonial. Juntou-se a Pernambuco como região de grande lavoura e engenhos produtores de açúcar; tornou-se polo de imigração portuguesa, com destaque para os cristãos-novos, atraídos pela nova frente de expansão açucareira e desejosos de escapar do braço comprido do Santo Ofício português, criado entre 1536 e 1540; abrigou número crescente de missionários, não só jesuítas, mas professos de outras ordens religiosas.”
Ronaldo Vainfas. Antônio Vieira.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 31.
Podemos afirmar que o texto indica uma concepção acerca do estudo da história do Brasil colonial em que se
a) privilegia a dimensão religiosa dos vínculos entre colônia e metrópole, pois tal dimensão é necessariamente determinante das demais relações presentes na sociedade colonial.
b) valoriza a liberdade de crença e a pluralidade das manifestações religiosas na colônia, possível a partir da aceitação, pela Igreja Católica, das formas de religiosidade das comunidades indígenas.
c) caracteriza a divisão internacional do trabalho, pois as colônias americanas e suas metrópoles europeias mantiveram, antes e depois da independência, papéis hegemônicos no contexto global de circulação de mercadorias.
d) reconhece o caráter complexo e plural das relações entre colônia e metrópole a partir da identificação de diversos elementos da ocupação e organização da sociedade colonial.
e) define o caráter flexível das relações entre colônia e metrópole, pois estas se estruturam a partir do perfeito equilíbrio político entre a periferia e o centro econômico.
➥ Resposta comentada: (d)
O texto faz referência, inicialmente, à importância das capitanias de Pernambuco e Bahia, na segunda metade do século XVI, fundamentais por constituírem os eixos político e econômico, respectivamente, naquele contexto. A imigração portuguesa, com ênfase nos cristãos-novos, foi destacada no aspecto social. Por fi m, o texto evidencia a importância das ordens religiosas no processo de colonização, em especial jesuítas. Ou seja, o Pacto Colonial não se restringiu ao exclusivo comercial, mas ao complexo político, econômico, social e religioso que tecia as relações entre colônia e metrópole.
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