"Todo inglês nasce com uma espécie de poder miraculoso
que o torna mestre do mundo. Quando quer alguma coisa,
nunca confessa que a deseja. Espera, pacientemente, até
que adquire não se sabe como, a convicção inflamada de
que é de seu dever moral e religioso conquistar aqueles
que possuem o que ele deseja... Nunca lhe falta a atitude
moral necessária. Na qualidade de grande defensor da
liberdade e da independência, conquista a metade do
mundo e chama a isso de Colonização. Quando precisa de
um novo mercado para suas mercadorias falsificadas de
Manchester, envia um missionário para ensinar o
evangelho da paz. Os nativos matam o missionário, e ele
corre às armas em defesa da Cristandade; e se apossa do
mercado como uma dádiva do céu."
(Bernard Shaw apud J. M. Roberts. "História do
Século XX". Trad. São Paulo: Abril, s/d., v.1, p. 314.)
O texto do dramaturgo Bernard Shaw é bastante crítico e
irônico em relação à penetração européia (mais
especificamente inglesa) na África e Ásia.
Pode-se depreender, do texto,
a) a superioridade moral e a firmeza de caráter do
colonizador.
b) a difusão dos ideais democráticos nas regiões
conquistadas.
c) a resistência dos nativos à imposição da cultura européia.
d) os conflitos religiosos impedindo o processo civilizatório
dos nativos.
e) a conquista de mercados consumidores de excedentes
agrícolas europeus.
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RESPOSTA: C
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